Publicado : quarta-feira, 23 de setembro de 2015
21:00
Por Unknown
Megainvestidor faz alerta preocupante: "Não invistam no Brasil"
Segundo o paquistanês, o intervencionismo econômico e o ego do governo brasileiro espantam qualquer tentativa de se obter ganhos satisfatórios em operações no país. Ele também reconheceu que as regras mudam constantemente e que tal situação traz insegurança jurídica. O investidor citou o Chile, o Peru, a Colômbia e o México como mercados muito mais promissores, seguros - e que ainda se beneficiam dos avanços ocorridos na economia brasileira. Procurado após a palestra, Naqvi se negou a dar entrevista ao site de VEJA. Contudo, um de seus diretores, Frederic Sicre, explicou a razão das críticas feitas ao país.
Para Sicre, a desaceleração econômica combinada com a moeda forte e o custo Brasil fazem com que os investimentos no país sejam muito onerosos, com potencial de retorno reduzido. "As políticas protecionistas combinadas com o idioma diferente dos demais países da América Latina também fazem com que estratégias regionais sejam difíceis de serem executadas igualmente no Brasil e nos outros países do continente", afirmou o empresário.
Nem mesmo o mercado interno brasileiro, usado como trunfo pela presidente Dilma Rousseff para justificar suas políticas intervencionistas, parece atrair o fundo bilionário. "Não se pode negar que o mercado brasileiro seja o maior da região e mereça atenção. Mas, hoje, as oportunidades em outros países da América Latina são mais atrativas para os nossos investimentos, pois os retornos são maiores", disse Sicre.
Com sede em Dubai, o Abraaj é um dos maiores private equities do Oriente Médio e nunca fez investimentos no Brasil. Seus 33 escritórios ao redor do mundo administram os aportes do fundo, sobretudo, em empresas dos setores farmacêutico e de energia.
Via VEJA