Publicado : quinta-feira, 24 de julho de 2014
20:43
Por Unknown
Lucro do Facebook dispara graças aos dispositivos móveis
Milhões de pessoas pegam no telemóvel incontáveis vezes por dia para ver o que se passa no Facebook, um hábito que se está a revelar muito rentável para a empresa. No segundo trimestre deste ano, as receitas do Facebook aumentaram 61%, para 2910 milhões de dólares, e o lucro disparou 147%, atingindo 791 milhões de dólares. Os anúncios mostrados a utilizadores de telemóveis e tablets geraram quase dois terços do dinheiro feito com publicidade.
A acompanhar a subida das receitas e do lucro, o Facebook melhorou também a margem operacional, que foi de 48% no último trimestre, substancialmente acima dos 31% de há um ano e o melhor valor de sempre. Isto significa que, por cada dólar de receita, o Facebook lucra 48 cêntimos antes de pagar juros e impostos.
Os bons resultados impulsionados pelos anúncios para telemóveis e tablets são resultado de um grande esforço da empresa para rentabilizar os utilizadores destes aparelhos, um fator que chegou a preocupar muitos investidores. Quando entrou em bolsa, em Maio de 2012, o Facebook praticamente não fazia dinheiro em dispositivos móveis. Um ano depois, estes aparelhos eram responsáveis por 30% do dinheiro feito com anúncios. Para além da publicidade, o Facebook faz ainda dinheiro com o processamento de pagamentos eletrônicos (por exemplo, compras feitas pelos utilizadores em jogos) – este negócio representou 8% das receitas totais.
Numa teleconferência que se seguiu à apresentação de resultados, na noite desta quinta-feira, o presidente executivo, Mark Zuckerberg, fez questão de frisar que a empresa quer fazer apostas de longo prazo que não serão imediatamente rentáveis, como a funcionalidade de pesquisa na rede social e a tecnologia de realidade virtual, em vez de explorar apenas o enorme negócio da publicidade.
“Acreditamos que vai demorar anos até que [as novas tecnologias desenvolvidas pela empresa] sejam para nós um negócio enorme”, afirmou Zuckerberg. “Podíamos adotar a abordagem fácil e barata de pôr anúncios e de fazer pagamentos, e fazer dinheiro no curto prazo, mas não vamos fazer isso. Podemos definir o que vai ser a próxima geração da computação. A realidade virtual e a realidade aumentada vão ter um papel importante nisto”. Em Março, o Facebook comprou uma empresa de realidade virtual por dois mil milhões de dólares (aproximadamente 1500 milhões de euros, ao câmbio atual).
Via PúblicoPT