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Publicado : quinta-feira, 22 de outubro de 2015
19:11
Por Unknown

Minha Casa Minha Vida mascara desigualdades sociais em vez de diminuí-las, diz estudo



Uma das principais bandeiras da gestão Dilma Rousseff, o programa Minha Casa Minha Vida podemascarar e reproduzir desigualdades sociais em vez de diminuí-las. Quem levanta esse argumento é a socióloga Melissa Fernandes Arrigotia, da London School of Economics (LSU).

Em entrevista ao site da rede BBC, Arrigotia encontrou durante pesquisa em cinco comunidades do Rio de Janeiro pessoas que, apesar de agora possuírem um teto para morar, têm também novas dificuldades financeiras e de mobilidade, como por exemplo a distância e o custo de transporte até o local de trabalho.

Em função da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas de 2016, ao todo 22 mil comunidades foram realocadas entre os anos de 2009 e 2015 por causa dos novos empreendimentos (ou por estarem e situação de risco).

Antes, trajetos que duravam uma hora hoje duram seis, culminando em verdadeiras reviravoltas na vida das pessoas.

Moradores e policiais entram em conflito durante desocupação em SP. (AE)Moradores e policiais entram em conflito durante desocupação em SP. (AE)


"A maioria passou a trabalhar em casa, com pequenas vendas, produtos de limpeza, beleza, reparos de computadores. E a renda dessas pessoas encolheu, pois cresceram as despesas com contas, taxas e itens de consumo", afirma a pesquisadora. Para ela, as injustiças de antes do Minha Casa Minha Vida continuam “mascaradas por novos moldes e formas”.

Os relatos feitos à pesquisa da socióloga vão na contramão do discurso oficial do programa do Governo Federal, que se diz um agente contribuinte na luta contra a desigualdade social.

“Não estou negando que oferecem algo melhor em termos de moradia, muitas pessoas de fato confirmam isso. O objetivo da pesquisa é ampliar esse debate, mostrar que é mais complexo do que essa história de que é uma coisa boa e ponto”, conclui.


Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida foi um dos mais importantes argumentos eleitorais de Dilma. O programa atende famílias com renda mensal de até R$ 1.600 e, desde sua implementação, entregou mais de 2,3 milhões de imóveis. A segunda fase ainda tem 1,6 milhão de casas a serem entregues e, esse ano, perdeu cerca de R$ 4 bilhões de seu valor de investimento. A terceira fase ainda não começou.


Via Yahoo

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