Publicado : quinta-feira, 20 de agosto de 2015
08:40
Por Unknown
Cientistas dizem ter criado cérebro humano em laboratório
De acordo com a equipe de cientistas, o cérebro em miniatura tem a maturidade de um feto de cerca de cinco semanas.
Apesar de ser menor que uma bola de gude, o órgão dispõe de quase todos os tipos de células e todas as regiões de um cérebro completamente formado.
Rene Anand, chefe da equipe que fez a descoberta, disse que o cérebro foi criado a partir de células da pele adultas, que foram reprogramadas para se tornarem células-tronco.
Crédito: Ohio State University
Para continuar o desenvolvimento completo do cérebro, disse Anand, seria necessário criar uma rede de vasos sanguíneos que ainda estão além das possibilidades dos pesquisadores. Por ora, o órgão não "pensa", não tem estímulos sensoriais e nem consciência.
É sério?
Em geral, uma grande descoberta é apresentada à comunidade científica por meio da publicação de artigos em publicações de prestígio, devidamente revisadas por outros cientistas.
Mas, neste caso, Rene Anand preferiu apenas descrever o cérebro artificial durante um simpósio acadêmico que ocorreu na Flórida nesta terça (18).
Segundo o Guardian, Anand escolheu não abrir os dados da pesquisa porque estápatenteando as técnicas utilizadas para criar o cérebro.
Por isso, é difícil prever o real impacto da descoberta e a confiabilidade das informações disponibilizadas pelo criador do "minicérebro".
Afinal, sem a chamada revisão por pares -- quando cientistas colocam à prova dados apresentados em uma pesquisa -- não há como medir quanta verdade há nas afirmações de Anand.
Se as promessas se confirmarem, a técnica pode revolucionar a neurociência. O minicérebro pode ser bastante útil, por exemplo, para cientistas que estudam doenças de desenvolvimento, além de servir também para testes de novas drogas.
É possível, também, que qualquer paciente encomende um "cérebro-cobaia"particular a partir das próprias células da pele, a fim de diagnosticar problemas genéticos e dosar medicamentos sem procedimentos invasivos.
Via Brasil Post