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Publicado : segunda-feira, 27 de julho de 2015
19:36
Por Unknown

Crise provocará demissões em 30,6% das indústrias da região, diz Ciesp

O balanço do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) referente aos primeiros seis meses do ano aponta uma previsão de mais demissões no segundo semestre na região de Campinas (SP). O estudo mostra que 30,6% das indústrias planejam redução no quadro de funcionários, por conta da crise na economia.
 
De janeiro a junho, a perda de funcionários já foi uma realidade em 31,6% das indústrias, segundo levantamento do Ciesp divulgado na semana passada. Em uma metalúrgica de Campinas, voltada para a área de produção de peças para a indústria aeronáutica de óleo e gás, a redução foi de 30% no número de empregados nesse período.
"Com a baixa das vendas nesse primeiro semestre, os custos aumentaram e a empresa teve que equalizar os custos com a folha de pagamento, com a baixa demanda", explica o gerente comercial Edson Silva.

As saídas para a indústria
 

No primeiro semestre, de acordo com o estudo, 23,7% das empresas ampliaram os esforços de eficiência produtiva, 12,8% aumentaram o endividamento e 18,4% utilizaram esquemas alternativos de jornada de trabalho para driblar a crise, como entrar em férias coletivas, por exemplo.
 
Já no segundo semestre, a previsão da entidade aponta que 19,4% das indústrias planejam esforços de eficiência produtiva, 13,9% devem ter redução de linhas de produção e 11,1% declararam que fizeram as mudanças mais significativas entre janeiro e junho.
"O investimento vive de expectativa e a expectativa é muito ruim, em função da grave crise política que se criou no país agora, da crise ética, moal e econômica. É um conjunto de fatores que tiram um pouco a expectativa do empresariado", afirma o diretor do Ciesp, José Nunes Filho.
 
O índice de confiança do empresário na economia caiu de 51%, uma média histórica, para 32%, segundo o Ciesp.

 
Indústria é a primeira a sofrer as consequências da crise econômica (Foto: Reprodução / EPTV)
Indústria é a primeira a sofrer as consequências da
crise econômica (Foto: Reprodução / EPTV)
A entidade conta com 500 empresas associadas, sendo 58 multinacionais e 442 nacionais, em 19 municípios da região, são eles: Campinas, Águas de Lindóia, Amparo, Artur Nogueira, Conchal, Estiva Gerbi, Holambra, Hortolândia, Itapira, Jaguariúna, Lindóia, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Paulínia, Pedreira, Santo Antonio de Posse, Serra Negra, Sumaré, Valinhos, outras localidades.

Efeito dos custos com água, luz...
 

Para o professor em finanças de Campinas Eli Borochovicius, devido ao aumento nos custos de água, energia e combustível, as empresas precisaram reduzir o quadro de funcionários para se manter.
"Uma indústria é uma coisa muito grande e, aí, eu gasto muito com energia, eu gasto muito com água, eu gasto muito com o transporte. Como nós vivemos hoje uma inflação por custo e não por demanda, normalmente é a indústria quem sente primeiro", afirma o professor.

Via G1

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