Publicado : sexta-feira, 6 de junho de 2014
23:24
Por Unknown
Princesas sauditas presas usam internet para pedir liberdade
Duas das quatro filhas do rei da Arábia Saudita, Abdullah, que denunciaram em março estar presas pelo pai, publicaram na última quinta-feira, 5, um vídeo no YouTube onde solicitam ajuda à comunidade internacional para serem libertadas.Sahar Bint Abdullah Al-Saud, usando um hijab (véu que cobre o cabelo) diz que o rei e seus meio-irmãos Mutaib e Abdelaziz as estão privando há mais de uma década de comida e água.
As garotas ainda criticam que "o mundo inteiro esteja vendo o que está acontecendo e esteja esperando que algum tipo de tragédia aconteça".
Yawaher, a outra irmã presente no vídeo, pede às organizações de direitos humanos, as Nações Unidas, ativistas, líderes e governos que "venham e vejam por eles mesmos o ato criminoso que está sendo cometido aqui nesta casa".
A irmã ainda continua sua declaração e acusa a comunidade internacional de ser "responsável e cúmplice do rei saudita e seus filhos neste ato criminoso".
"Não aceitamos o argumento que seja uma disputa familiar. Não pode ter suas filhas sequestradas e chamar isso de disputa familiar, negando-lhes direitos humanos, comida, água, o direito a viver ou a movimentar-se", lamenta Sahar.
De acordo com o site G1, Sahar afirma que não vão parar seus protestos e que usarão a internet para isso, cujo acesso lhes é permitido, segundo ela, para desacreditá-las.
Sahar e Yawaher Bint Abdullah Al-Saud denunciaram no último mês de março serem prisioneiras de seu próprio pai, o rei Abdullah bin Abdul Aziz, a quem acusam de mantê-las encarceradas há 13 anos, junto com outras duas irmãs, em duas casas no interior do palácio real da cidade de Jidá.
A mãe delas, Alanoud Alfayez, ex-mulher do rei, chegou a enviar uma carta à Barack Obama pedindo ajuda para libertar suas quatro filhas.
"Alguém tem que intervir. Minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém", relatou Alanoud Alfayez.
"Há 13 anos, Sahar, Maha, Hala e Jawaher estão sob prisão domiciliar, estão morrendo de fome e precisam ser libertadas imediatamente", declarou a jordaniana de 57 anos, que vive em Londres desde o seu divórcio, em 2003.
Diplomatas na Arábia Saudita disseram que as princesas estão detidas na cidade de Jeddah, porém podem circular com guarda-costas.
Lord Anthony Lester, que foi advogado de Alanoud Alfayez, explicou que há oito anos tentou sem sucesso libertá-las, porque o rei recusou-se a cooperar.
Veja vídeo
Redação O POVO Online







