Publicado : sexta-feira, 9 de maio de 2014
16:28
Por Unknown
Termina greve de ônibus da Linha Verde em Campinas
A empresa acordou com os funcionários a criação de uma comissão de negociação composta por dez pessoas, dentro de dez dias, para que os problemas internos sejam discutidos.
Três itens foram acertados hoje entre as partes: a ficha com apontamento de horário, que era entregue mensalmente junto com o holerite, agora passará a ser diária; os funcionários que trabalhavam como horistas passarão a ser mensalistas; e as 12 demissões por justa causa, realizadas ontem, foram canceladas.
Agressão
No começo desta manhã, antes do término da greve, funcionários que tentavam trabalhar foram alvo dos manifestantes, que jogaram pedras nos colegas.
O motorista C. A. F. levou uma pedrada na cabeça e precisou de atendimento médico. Ele levou oito pontos. O veículo que ele dirigia teve a janela quebrada também.
Com a pancada, C.A.F. perdeu o controle do ônibus e o veículo quase bateu em um poste e em um muro que fica ao lado do portão da VB. Ele foi levado ao Hospital Metropolitano e levou oito pontos na cabeça.
Antes dele, policiais militares garantiram a saída de outros três ônibus. Um desses veículos também foi apedrejado pelos manifestantes.
Depois que C.A.F. foi agredido, os outros motoristas e cobradores que queriam sair para trabalhar ficaram com medo e recolheram os veículos.
A PM chegou a prender o suposto agressor de C.A.F., o algemou, mas depois o soltou.
Negociação
As negociações entre a categoria e a empresa sobre reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho continuam, confirmou nesta sexta o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região, Matusalém de Lima.
As reuniões, nesse sentido, vem ocorrendo desde 1° de maio, quando começou a data-base dos trabalhadores. O próprio sindicato ficou surpreso com a paralisação, já que as negociações estavam ocorrendo normalmente e tem até 20 de maio para ser fechado, disse Lima ontem.
Cerca de 250 motoristas e 150 cobradores participam da paralisação. Reivindicavam 17% de aumento , pagamento mensal e não por hora trabalhada, aumento do tíquete-alimentação, melhorias no plano de saúde e a volta de cobradores nos ônibus que não mais os utilizam.
Fonte: IG Paulista