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Publicado : sábado, 30 de maio de 2015
09:37
Por Unknown

Polícia Federal bate à Porta do PT em Minas


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (29) em Belo Horizonte, Brasília, Goiás e Rio Grande do Sul a operação Acrônimo para coibir um esquema de lavagem de dinheiro cujo principal investigado é o empresário ligado ao PT Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, da Gráfica e Editora Brasil. Um apartamento usado até o ano passado, em Brasília, pela mulher do governador Fernando Pimentel (PT), Carolina Oliveira, foi alvo de busca e apreensão de documentos.

Bastante próximo a Pimentel e Carolina, Bené acompanhou o casal em uma viagem a Punta del Leste, no Uruguai, em março do ano passado, conforme documento obtido pelo Hoje em Dia. Além deles, participaram do voo o deputado federal Gabriel Guimarães e a mulher dele.


Controlador de pelo menos 30 empresas, Bené manteve contratos com a União num total de R$ 525 milhões, entre 2005 e 2014, nos governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. Ele foi preso junto com Marcier Trombiere, colaborador da campanha de Pimentel em 2014 e ex-assessor do Ministério das Cidades, Pedro Augusto de Medeiros e Victor Nicolato. Uma quinta pessoa, ainda não identifica, foi presa por porte ilegal de armas.

No ano passado, a Gráfica e Editora Brasil foi contratada pela campanha de Pimentel por R$ 3,2 milhões. A despesa foi incluída na conta do Comitê Financeiro Único do Partido dos Trabalhadores e alvo de questionamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas.


Fernando Pimentel com a primeira dama do Estado, Carolina Oliveira, no dia da posse
Pimentel com a primeira-dama do Estado, Carolina Oliveira, no dia da posse do governador, em janeiro (Foto: Luiz Costa/Hoje em Dia)


Conforme relatório do TRE, divulgado com exclusividade pelo Hoje em Dia, houve omissão de despesas com a gráfica, um dos motivos pelo qual o corpo técnico do tribunal opinou pela desaprovação das contas de campanha de Pimentel.

As irregularidades detectadas, entre elas um valor de gasto extrapolado em R$ 10 milhões, culminou com pedido de cassação do mandato de Pimentel pela Procuradoria Regional Eleitoral de Minas. O processo está sendo apreciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Dez veículos de luxo e o avião de Bené, um King-Air avaliado em R$ 2 milhões, e cerca de R$ 100 mil em dinheiro foram confiscados pelos federais. Responsável pela investigação, o delegado Dennis Cali, da área de combate ao crime organizado, disse que o faturamento das empresas de Bené registrou um salto a partir de 2005.

Em outubro de 2014, Bené foi detido com R$ 116 mil em dinheiro vivo quando chegou a Brasília vindo de Belo Horizonte. A detenção motivou a investigação.

Em nota, o governo de Minas declarou que não está sendo investigado. O advogado da primeira dama do Estado, Pierpaolo Bottini, informou, por meio de nota, que a sua cliente “acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”. O defensor de Bené não foi localizado. (com agências)

Alvo em BH foi o ex-deputado federal Virgílio Guimarães

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Em Belo Horizonte, cinco equipes da Polícia Federal (PF) cumpriram mandados de busca e apreensão nas investigações da operação Acrônimo da Polícia Federal (PF), que visa coibir esquema de lavagem de dinheiro operado pelo empresário do ramo de empresas gráficas, Benedito Rodrigues.

O alvo principal foi o apartamento do ex-deputado federal petista Virgílio Guimarães, localizado no Sion. Virgílio é pai do deputado federal Gabriel Guimarães (PT), cotado para ser candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2016.

Computador, pen-drive e telefone foram apreendidos na casa dele. A casa onde mora um filho de nove anos do ex-deputado federal também foi vasculhada pelos investigadores

Ao Hoje em Dia, Virgílio alegou estar impedido por lei de falar a respeito do assunto. “Fui informado que informações da Polícia Federal só devem ser dadas pela Polícia Federal. Os demais cidadãos estão impedidos por lei de falar desse assunto. Existe uma legislação que me impede de falar. Gostaria de falar, mas me informaram que existe uma legislação que me impede. Acho a lei errada, mas sou cumpridor da lei”.

Um dos fundadores do PT mineiro, Virgílio é um dos parlamentares da legenda mais próximos do governador Fernando Pimentel (PT). Foi ele quem apresentou o operador Marcos Valério ao ex-ministro José Dirceu e para o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT). Os três foram condenados no processo do mensalão petista, enquanto Virgílio se safou das denúncias.

Em BH, Goiás, Brasília e Rio Grande do Sul, cerca de 400 policiais participaram da operação. Foram cumpridos 90 mandados de busca e apreensão.

O objetivo é localizar eventuais documentos, valores e mídias que possam esclarecer a suspeita de que os valores que circulavam nas contas de pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados vinham da inexecução e de sobrepreço em contratos com órgãos públicos federais.

Para ocultar a origem de dinheiro, os investigados empregavam a técnica “desmurffing” – que consiste na tentativa de evitar a identificação de movimentações fracionando os valores – além da chamada confusão patrimonial e do extensivo uso de “laranjas”, conforme as investigações. (EF)

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