Publicado : sexta-feira, 17 de abril de 2015
21:03
Por Unknown
Reservatórios devem chegar ao fim de abril com nível médio de até 33,8%
Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste devem chegar ao final de abril com armazenamento médio de no máximo 33,8%, informa relatório semanal do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgado nesta sexta-feira (17).
O relatório prevê ainda que as chuvas devem despejar nos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, em abril, entre 83% e 92% de toda a água esperada para o mês. Na semana passada, o ONS estimava que esse índice ficaria entre 78% e 92%.
Apesar da revisão, os números ainda estão dentro do que o ONS considera suficiente para evitar que o país enfrente um novo racionamento de energia em 2015.
Em novembro, o diretor-geral do órgão, Hermes Chipp, disse que o atendimento à demanda por energia no país estaria garantida neste ano se os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da capacidade de geração elétrica do país, chegassem ao fim de abril com nível médio entre 30% e 35%.
Nas últimas semanas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, tem dito que a possibilidade de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste em 2015 “está cada dia mais distante.” Ele apontou, porém, que o país ainda vive uma crise hídrica.
Período úmido
O final do mês de abril marca o encerramento do chamado período úmido, que tem início em novembro, e quando as chuvas nas duas regiões são mais intensas. Nessa época, os reservatórios normalmente voltam a se encher, depois baixarem no período seco (de maio a outubro).
Desde o final de 2012, porém, tem chovido menos que o esperado nessa época no Sudeste e Centro-Oeste. Isso tem causado preocupação porque as das regiões são responsáveis por gerar a maior parte da energia consumida no Brasil.
O volume de água chegando a esses reservatórios é menor que o verificado em 2001, ano em que o país enfrentou o último racionamento. Os consumidores só não foram submetidos a um novo racionamento ainda porque, hoje, o Brasil tem uma quantidade bem maior de termelétricas, usinas que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás e, assim, ajudam a poupar água das hidrelétricas.
Desde 2012, portanto, o governo vem mantendo ligadas todas as termelétricas disponíveis. Elas são responsáveis atualmente por cerca de 20% de toda a eletricidade consumida no país. O problema é que essa energia é mais cara e vem gerando fortes aumentos nas contas de luz.
Via G1