Publicado : quarta-feira, 21 de maio de 2014
19:34
Por Unknown
Grevistas liberam seis terminais e nove permanecem bloqueados em SP
Os motoristas e cobradores de ônibus que fazem uma paralisação na cidade de São Paulo liberaram, na tarde desta quarta-feira (21), seis terminais que estavam bloqueados com piquetes desde a manhã. Foram liberados os terminais Parque Dom Pedro 2º (centro), Capelinha, Guarapiranga, Grajaú (zona sul), A.E. Carvalho e Aricanduva (zona leste).Ainda permanecem bloqueados os terminais Mercado (centro), Sacomã, João Dias, Santo Amaro (zona sul), Lapa, Pinheiros (zona oeste), Casa Verde, Pirituba e Nova Cachoeirinha (zona norte).
Após um dia de caos no trânsito e no transporte público de São Paulo, a quarta-feira (21) começou problemática para quem precisa de ônibus para ir trabalhar. Pelo menos cinco empresas mantiveram a paralisação iniciada ontem. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, suspendeu o rodízio às 12h. De acordo com a SPTrans, 300 mil pessoas já foram afetadas.
Ontem, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a paralisação foi inesperada e comparou o movimento à atuação de uma guerrilha.
Hoje, veículos das companhias Gato Preto, Santa Brigida, Sambaíba, Via Sul (todas nas zonas norte, noroeste e oeste) e VIP (na zona sul) não deixaram as garagens. Ônibus da viação Campo Belo, que havia aderido ao movimento, voltaram a circular às 5h40, de acordo com a SPTrans.
As avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Pirajussara, e a rua Butantã, todas na zona oeste, e a avenida Inajar de Souza, na zona norte, e a estrada do M'Boi Mirim, na região sul, também estão parcialmente fechadas.
O corredor de ônibus da avenida Cupecê, na zona sul, está bloqueado nos dois sentidos por coletivos da Viação Tupi.
Na Grande São Paulo, as companhias Pirajussara, na região de Embu, e Viação Osasco, que atende a região de Osasco, também estão paradas. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), afirmou que com isso 64 linhas deixaram de circular, afetando cerca de 250 mil pessoas.
Reivindicações
Os motoristas e cobradores que têm participado das paralisações pertencem a uma dissidência da atual direção do Sindimotoristas --que representa a categoria na capital paulista-- que, até agora, preferiu manter-se no anonimato.
O pouco que se sabe do grupo dissidente é que eles exigem um reajuste maior do que os 10% propostos pelas empresas de ônibus e aprovados na última segunda-feira (19) em assembleia da categoria que reuniu milhares de trabalhadores.
Segundo José Valdevan, o Noventa, presidente do Sindimotoristas, a categoria abriu negociação com as empresas exigindo 13% de reajuste. Inicialmente, o SP Urbanuus, sindicato patronal das empresas de ônibus, ofereceu 5,2% de reajuste, equivalente à inflação do último ano. Diante da recusa dos trabalhadores, o sindicato patronal subiu a proposta de reajuste para os 10%.
Também foi oferecido aumento de R$ 1,20 no vale-refeição diário, que passou de R$ 15,30 para R$ 16,50, além de uma parcela fixa anual de R$ 850, referente à participação nos lucros e resultados (PLR). O acordo também prevê o reconhecimento de insalubridade, que permitirá aos motoristas e cobradores se aposentar com 25 anos de trabalho (atualmente o tempo de serviço é de 35 anos para homens e 25 para mulheres).
Tribuna Hoje